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PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO

III Escola do GT:

09 de Setembro

9:00 - 12:00: Modelos perceptuais de L2: postulados e bases epistemológicas - Prof. Dr. Ubiratã Kickhöfel Alves

14:00 - 17:00: Aspectos fonético-fonológicos do português em contato - Profª. Drª. Ana Lívia Agostinho

10 de Setembro

9:00 - 12:00: Modelos perceptuais de L2: postulados e bases epistemológicas - Prof. Dr. Ubiratã Kickhöfel Alves

14:00 - 17:00: Aspectos fonético-fonológicos do português em contato - Profª. Drª. Ana Lívia Agostinho

DESCRIÇÃO DOS CURSOS DA ESCOLA DO GT 

Modelos perceptuais de L2: Postulados e Bases Epistemológicas

 

Ubiratã Kickhöfel Alves 

 

Na área de Aquisição Fonético-Fonológica de L2, podemos encontrar diferentes modelos teóricos voltados à percepção dos segmentos sonoros, tais como o Speech Learning Model (SLM - Flege, 1995; Flege; Bohn, 2021), o Perceptual Assimilation Model (PAM - Best; Tyler, 2007) e o Second Language Linguistic Perception Model (L2LP – Escudero, 2005). Ainda que os referidos modelos apresentem um objeto de análise comum, referente à percepção de segmentos da L2, cada um deles parte de uma base epistemológica distinta, em termos de primitivos formais referentes aos âmbitos da Fonética e da Fonologia, além de expressarem diferentes concepções de língua e de desenvolvimento linguístico. No presente minicurso, iniciaremos uma discussão pelas bases epistemológicas do processo de percepção e seus primitivos de análise. Após isso, discutiremos cada um dos modelos em questão, de modo a enfocarmos não somente as suas teorias de base, mas também as suas especificidades de escopo. Esperamos, a partir do presente minicurso, deixar claras as diferenças entre os referidos modelos não somente no que concerne ao alcance de cada proposição, mas também no que diz respeito às concepções linguísticas que embasam cada uma dessas propostas teóricas.

Aspectos fonético-fonológicos do português em contato

Ana Lívia Agostinho

Este minicurso apresenta uma visão comparativa das variações e mudanças fonéticas e fonológicas nas variedades africanas do português, focando nas macro-variedades de São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola e Moçambique (Agostinho, 2024; Agostinho; Mendes, 2020; Balduino, 2022; Bouchard, 2017; Braga; Frota; Fernandes-Svartman, 2022; Cardoso, 2005; Chimbutane, 2019; Couto; Embaló, 2010; Inverno, 2018; Miguel, 2022; Nhatuve, 2019, entre outros). Embora o português seja a língua oficial nesses países, seu status como língua materna (L1) ou segunda língua (L2), bem como o número de falantes, diferem consideravelmente. O surgimento dessas variedades está ligado à invasão portuguesa e à escravização de africanos entre os séculos XVI e XIX. Cada país apresenta uma história social e linguística única, relevante para os resultados linguísticos encontrados nessas variedades, situadas em contextos multilíngues e em contato com línguas Níger-Congo e línguas crioulas lexificadas pelo português. Focaremos nos níveis segmental (consoantes, vogais, glides) e suprassegmental (sílaba, acento e entoação), abordando semelhanças e diferenças entre essas variedades, bem como a questão da variação e mudança induzidas pelo contato para vários processos fonológicos. Ademais, discutiremos questões relacionadas a trabalho de campo e contato com línguas africanas. Finalmente, refletiremos de que maneira o estudo da fonética e fonologia das variedades africanas do português pode lançar luz sobre questões clássicas na fonologia do português em geral, bem como fornecer resultados previamente não relatados.

VI Encontro do GT:

11 de Setembro

9:00 - 9:30:

9:30 - 10:30:

10:30 - 10:00:

11:00 - 11:15:

11:15 - 11:30:

11:30 - 11:45:

11:45 - 12:00:

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16:30 - 17:00:

12 de Setembro

Abertura do VI Encontro
Flaviane Romani Fernandes Svartman (USP) e Denise Cristina Kluge (UFPR/UFRJ)
 

Conferência de Abertura: “Pesquisas sobre fala e possíveis aplicações ao ensino: reflexões a partir de perfis de respostas à percepção de fronteiras prosódicas”
Luciani Ester Tenani (UNESP)

Coffee break


1. A Palatalização das oclusivas /t/ e /d/ no município de Porto Velho -RO: um caso de assimilação
Fábio Pereira Couto (UNIR)
Natália Cristine Prado (UNIR)
Vera Pacheco (UESB, CNPq)


2. A produção de vogais desvozeadas no português brasileiro
Maria Mendes Cantoni (UFMG)


3. Efeitos do detalhe fonético na percepção ilusória da vogal [ɪ] átona final
Matheus Freitas (UFMG)


Debate
 

4. Tonogênese nas línguas crioulas do Golfo da Guiné
Ana Lívia Agostinho (UFSC)


5. A sílaba no angolar moderno
Manuele Bandeira (Unilab)
Ubiratã Kickhöfel Alves (UFRGS)


6. Nasalidade vocálica no guineense: uma análise acústica e fonológica
Natali da Anunciação Santos (UFSC)
Ana Lívia Agostinho (UFSC)
Izabel Christine Seara (UFSC)


Debate

 

Almoço


7. A percepção de encontros consonantais fonotaticamente proibidos, ausentes ou raros por falantes adultos brasileiros
Andressa Toni (Unicentro)


8. Redução gradiente da vogal pós-tônica medial em português brasileiro
Pablo Arantes (UFSCar)
Tiago Pereira Rodrigues (UFSCar)


9. A percepção da fala sincronizada em dados naturais e dados manipulados: efeitos do onset vocálico como pista acústica para a percepção da sincronização e desafios metodológicos
Verônica Penteado Siqueira (USP)
Beatriz Raposo de Medeiros (USP)


Debate


10. A Fonologia nas dissertações do PROFLETRAS: a camada segmental no primeiro quinquênio
Vera Pacheco (UESB, CNPq)


11. Os efeitos do aprendizado das letras <e,o> na produção oral de vogais médias pretônicas e postônicas finais
Cecília Toledo (UFMG)


12. Fonologia e ensino: caracterização de desvios fonético-fonológicos em produções textuais escritas
Marlúcia Maria Alves (UFU)


Debate


Coffee break + Apresentação de trabalhos em pôster


I. A percepção dos fonemas nasais na língua inglesa por falantes do português brasileiro
Patrícia Minelly da Paz Melo (UFC)
Ronaldo Mangueira Lima Júnior (UFC, UnB)


II. A emergência de obstruintes em coda no pb-l1 e seus reflexos para a o desenvolvimento do inglês-L2
Anderson Romário Souza Silva (UFERSA)
Ronaldo Mangueira Lima Júnior (UnB)


III. Formação de categorias fonológicas do inglês por aprendizes L2
Flora Dilza Ngunga (UFMG)


IV. Fraseamento prosódico e autismo
Leandro Lisboa (UFRJ)
Carolina Serra (UFRJ)


V. Processamento de sentenças exclamativas e interrogativas para o Reconhecimento Automático de Fala no português brasileiro
Rian Pereira Fernandes (USP)
Flaviane R. F. Svartman (USP)


VI. Harmonia vocálica e o paradigma verbal: uma análise inferencial sobre dados do VARSUL
Isabela Prisco Petry (UFRGS)


VII. Complexidade silábica e posição do segmento na sílaba são relevantes para a manifestação do acento de palavra
Vitor Antônio Morais Prado (UFMG)


 

12 de Setembro

9:00 - 9:15:

 

9:15 - 9:30:

9:30 - 9:45:

9:45 - 10:00:

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15:45 - 16:45:

16:45 - 17:15:

13. Efeitos da fronteira de palavras na proeminência inicial de enunciado
Luciana Lucente (UFMG)
Vitor Antônio Morais Prado (UFMG)


14. Densidade tonal em variedades do português brasileiro
Flaviane Romani Fernandes Svartman (USP, CNPq)

15. Representações de ditongos orais fechados por glide labiovelar em português brasileiro e seus domínios
Luiz Schwindt (UFRGS, CNPq)


Debate


16. Blends do português brasileiro têm dois acentos primários: uma abordagem acústica
Emerson Viana Braga (UESB/UNEB)
Vera Pacheco (UESB, CNPq)


17. A fonotaxe de raízes lexicais do português: interação entre preferências combinatoriaise e o mecanismo gramatical
Gabriel Castelano Millas (UFMG)
Magnun Rochel Madruga (UFMG)


18. Alternantes minoritárias na flexão de número de nomes terminados em [ãw̃] no português brasileiro
Pedro Eugênio Gaggiola (UFRGS)


Debate


Coffee break


19. Sobre a distribuição populacional de medidas acústicas correlatas da qualidade de voz no português brasileiro: aplicações para a Fonética Forense
Renata Regina Passetti (UFSCar)
Pablo Arantes (UFSCar)


20. Processos fonológicos na soletração manual em libras
Clovis Batista Souza (UFPR)
André Xavier (UFPR)

21. A assimilação nas libras: um estudo baseado em dados naturalísticos

Amanda Regina Silva (UFPR)

André Xavier (UFPR)


Debate

 

Almoço


22. The effect of perception training with synthetic and natural stimuli on the identification of English vowels /ae/ and /ɛ/
Rosane Silveira (UFSC, CNPq)
Elisabeth Ann Bunch Oliveira da Rosa (UFSC)


23. Revisão Sistemática de Treinamento perceptual/fonético
Otávio Augusto Rodrigues Bernardo Silva (UFPR)
Denise Cristina Kluge (UFRJ/UFPR)
Angélica Foresti Carlet (UIC)


24. O desenvolvimento da oclusiva glotal em palavras compostas do alemão na perspectiva da Epistemologia da Complexidade
Michele Bruna de Sousa Silva Gal (UFPR)
Denise Cristina Kluge (UFRJ/UFPR)


25. Desenvolvimento da fluência do português como língua adicional (PLA) por um falante argentino: análise a partir das características acústicas breakdown, speed e repair fluency e comparação desses parâmetros com um falante brasileiro
Ubiratã Kickhofel Alves (UFRGS)
Pollianna Milan (UFPR)


Debate


Coffee break + Apresentação de trabalhos em pôster


VIII. Variação e estabilidade fonológicas em sinais para cores na libras
Katherine Fischer (UFPR)
André Xavier (UFPR)


IX. A perseveração e não perserveração de boias de listagem na libras

Ronaldy Pavão Heitkoetter (UFPR)

André Xavier (UFPR)

 

X. Processos fonológicos e a ortografia nas redações oficiais do Enem
Luíza Vignoli Lacerda (UFMG)


XI. Fonologia de Laboratório no Brasil: uma revisão sistemática
Daniel Nepomuceno Coutinho (UFMG)
Gabriel Eugenio Souza de Melo (UFMG)


XII. Uma análise do processo de nasalização de [la]~[ɲi] e de assimilação das consoantes complexas [k͡p] e [ɡ͡b] nos Orúnkọ do candomblé
Júlia Lopes Penido Pena (UFMG)
Rosivaldo Pires França (UFMG)


XIII. A nasalização no PB em uma comunidade bilíngue (português/polonês) no município de Cruz Machado/PR
Sonia Eliane Niewiadomski (USP)


XIV. Estudo exploratório sobre a voz crepitante no português brasileiro
Bárbara Godinho de Oliveira (UFMG)

Conferência de Encerramento: “Incerteza e rigor: explorando questões de dedução, intuição e probabilidade na busca científica por causalidades”
Ronaldo Mangueira Lima Júnior (UnB)


Reunião dos membros do GT

 

RESUMOS DAS CONFERÊNCIAS DE ABERTURA E ENCERRAMENTO


Conferência de Abertura

Pesquisas sobre fala e possíveis aplicações ao ensino: reflexões a partir de perfis de respostas à percepção de fronteiras prosódicas

Luciani Ester Tenani

Nesta apresentação, busco abordar dois temas de natureza distinta a fim de problematizar parte dos desafios que interpelam, em alguma medida, os pesquisadores de Fonética e Fonologia. O primeiro tema diz respeito à investigação de efeitos de características fonéticas na pontuação de fronteiras sintáticas que podem ou não corresponder a fronteiras de frase entoacional (IP), um constituinte prosódico que se configura, principalmente, a partir de contornos entoacionais (Frota e Moraes, 2016). Reporto, sucintamente, os resultados de Silva (2023) obtidos a partir de um teste de percepção do tipo escolha forçada com 35 licenciandos em Letras pela Unesp. Em um conjunto de estímulos, os áudios se caracterizam por pistas fonéticas robustas na fronteira de IP (com pausa, tom de fronteira). Em outro conjunto, os áudios se caracterizam por pistas fonéticas relativamente menos robustas na fronteira de IP (sem pausa, ou tom fronteira). Os estímulos foram apresentados aleatoriamente aos participantes e, após ouvir cada estímulo, foi solicitada a escolha de uma das opções: 1) enunciado escrito ortograficamente e com pontuação empregada na fronteira relevante; 2) enunciado escrito ortograficamente e sem pontuação na fronteira relevante. Para cada estímulo auditivo, cada participante gerou três respostas, totalizando 105 respostas que constituem o corpus da pesquisa. Essas respostas foram agrupadas em dois conjuntos por Silva e Tenani (2024): em um conjunto, as respostas sobre uso da pontuação se mostraram predominantemente embasadas em características sintáticas e, em outro conjunto, as respostas se mostraram embasadas na percepção da fronteira de IP. Revisito, nesta apresentação, a discussão sobre a pertinência em estabelecer perfis de participantes a partir das respostas sobre a pontuação dos enunciados a fim de, no primeiro momento, problematizar consequências metodológicas relativas aos efeitos que esses possíveis perfis teriam sobre a interpretação da percepção de pistas fonéticas de fronteiras de IP.

Na sequência, passo ao segundo tema desta apresentação relacionando-o ao primeiro ao tratar da aplicação e/ou da aplicabilidade que as pesquisas em fonética e fonologia são instadas a ter na formação e para a atuação do licenciando em Letras. Algumas pesquisas são, mas várias outras não são voltadas ao ensino da ortografia ou da pontuação, sendo essas, porém, diretamente aplicadas ao ensino de escrita, desconsiderando-se aspectos teóricos e metodológicos dessa aplicação. Problematizo as contribuições que nossas pesquisas têm a dar ao ensino da escrita, mas, sobretudo, à investigação da fala – em suas características fonéticas e fonológicas – ao fomentar reflexões sobre modos diversos de existir na linguagem e, dessa maneira, promover a valorização da formação linguística para a atuação qualificada do professor de português no ensino fundamental e superior.

Conferência de Encerramento

Incerteza e rigor: explorando questões de dedução, intuição e probabilidade na busca científica por causalidades

Ronaldo Mangueira Lima Júnior

Resumo: A observação de fenômenos linguísticos seguida do raciocínio lógico-dedutivo do pesquisador frequentemente constituem o ponto de partida de uma investigação científica, gerando hipóteses que serão testadas. No entanto, o raciocínio intuitivo nem sempre alinha-se com a realidade probabilística dos fenômenos observados. Além disso, a busca pela causalidade com base em amostras limitadas envolve múltiplas variáveis interativas, incluindo aquelas não observadas ou sequer cogitadas. Para assegurar o rigor científico necessário a uma investigação responsável, duas ações cruciais serão propostas: i) Construir um modelo de causalidade antes de definir e ajustar o modelo de inferência, utilizando Grafos Acíclicos Dirigidos (DAGs - Directed Acyclic Graphs); e ii) incluir medidas e descrições de incerteza nas análises de dados e nos relatos de pesquisa. Essas práticas fortalecem a transparência e a robustez das conclusões científicas, promovendo uma compreensão mais profunda e confiável dos fenômenos estudados.

Apoio:

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/UFPR)

Universidade de São Paulo (USP)

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH-USP)

Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa (FLP/DLCV-FFLCH)

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